sexta-feira, 23 de novembro de 2018

ATIVIDADE DE MATEMÁTICA PARA 9º ANO - ESPAÇO E FORMA








domingo, 18 de novembro de 2018

PLANO DE AULA INTERDISCIPLINAR (POEMA A PRIMAVERA)













sábado, 17 de novembro de 2018

A PRIMAVERA



 


quinta-feira, 30 de agosto de 2018

MATEMÁTICA COM RIMAS



segunda-feira, 27 de agosto de 2018

PLANO DE AULA - EQUAÇÃO DO 2º GRAU


UNIDADE ESCOLAR IRMÃ MARIA SIMPLÍCIA
UNIÃO – PI, 27/08/2018
PROFESSORA: EVANILDES GOMES DA ROCHA

PLANO DE AULA 1

Público Alvo: Alunos do 9° ano do Ensino Fundamental
Tema: Equação do 2º Grau
Conteúdo: Definição da Equação do 2º Grau
Objetivo: Aplicar as definições de uma equação de 2º Grau a partir de conhecimentos prévios dos educandos
Material Didático:
  •     Slide com os enunciados dos problemas;
  •       Quadro de acrílico;
  •     Livro didático, etc.

Metodologia: Antes de conceituar, ou aplicar as definições de equação do 2º grau, o conteúdo será abordado através de alguns problemas em ordem crescente de dificuldades, para que o aluno veja como é e como funciona uma equação do 2º grau antes de fazer sua definição formal.
Nesta aula, o estudo da equação do segundo grau será abordado através de resolução de problemas, partindo de exemplos bem simples e avançaremos até encontrarmos uma fórmula para resolver a equação acima em sua generalidade  ax² + bx + c = 0, onde a, b e c são números reais conhecidos, sendo a ≠ 0, e x é uma incógnita real.  Os valores reais de x que satisfazem a equação são chamados de raízes, ao passo que o conjunto formado pelas raízes é o conjunto solução da equação.  O nome segundo grau, vem do fato de que o lado esquerdo da equação é um polinômio de grau 2, ou seja, onde o maior expoente de x é igual a 2. Se tivéssemos, a = 0, o termo ax² seria nulo, e assim ficaríamos apenas com a equação de primeiro grau bx + c = 0.
Problema 1 - DETERMINE O LADO DE UM QUADRADO SABENDO QUE SUA AREA É IGUAL A 64.
Problema 2 – DETERMINE UM NÚMERO SABENDO QUE O TRIPLO DE SEU QUADRADO É IGUAL AO SEU SEXTÚPLO.
Problema 3 – DETERMINE DOIS NÚMEROS NATURAIS IMPARES E CONSECUTIVOS SABENDO QUE O SEU PRODUTO É 80.
No problema 1, os alunos vão poder aplicar os conhecimentos adquiridos sobre áreas de figuras planas e resolver os problemas envolvendo equação de 2º grau.
No problema 2, vai exigir deles conhecimentos prévios de expressão algébricas para solucionar a equação.
No problema 3, os educandos devem aplicar conhecimentos de sequencias numéricas e produtos notáveis.
Avaliação: os avanços serão avaliados paralelamente ao processo de ensino e aprendizagem.


domingo, 26 de agosto de 2018

RETORNO

União - PI, 26/08/2018

Após dois meses de greve, amanhã estarei retornando as atividades na Unidade Escolar Irmã Maria Simplícia. Porém, me sinto ansiosa para rever meus alunos e ao mesmo tempo apreensiva quanto os novos desafios que terei que enfrentar para recuperar o tempo perdido. Meu coração está acelerado, como se fosse o primeiro dia de aula.


Já fico imaginando como eles vão me receber. Cheios de indagações. Querem saber se a categoria conseguiu alcançar os objetivos pelo qual estava lutando. Se eles vão ficar com seu ano letivo perdido. Apreensivos também quanto ao seu futuro.

Terei que explicar a eles que a categoria teve que retornar as atividades mesmos não conseguindo tudo o que estava buscando. Que apesar tudo, nos mantemos unidos até o fim. Que para termos nossos direitos respeitados temos que lutar. Que nem sempre ganhamos. Que a união faz a força.

No momento, estou cheia de imaginações, o que me leva a planejar as minhas futuras aulas. Espero que com um planejamento adequado e boa vontade possa atingir os meus objetivos.
Boa sorte para nós!

sexta-feira, 1 de junho de 2018

O MENINO


O menino
                                              Ledo Vaccaro Machado


Não havia saída. Teria que esperar por três horas o próximo voo para Salvador. Arquiteto por formação e profissão, tinha que apresentar um projeto na manhã seguinte, numa cidade próxima à capital da Bahia. Assentei-me como pude. Teria que olhar para aquele relógio pendurado no teto por três horas. Como se não bastasse, o relógio registrava os segundos. Relógios que registram segundos demoram mais que os que não o fazem.
Alguns apelam para palavras cruzadas, outros giram os polegares e eu, como o vício do cachimbo entorta a boca, traço em folhas de papel as formas que se me apresentam no ambiente que é alcançado pelas retinas. Lápis e papel na mão, registrava dois lances de escada e uma escada rolante que surgiram a minha frente. Mal traçara as primeiras linhas, deparei-me com uma questão que me intrigou: quantos degraus deveria desenhar na escada rolante? Em vão, tentei contar os degraus visíveis. Se a escada parasse, poderia contá-los. Tive ímpetos de apertar o botão vermelho próximo ao corrimão, onde se lia “PARAR”. Meu censurador não permitiu que o fizesse. Fiquei ali, inerte, com o cachimbo na mão e sem poder fumar.
Um menino sentou-se ao meu lado, brincando com uma bolha de sabão. Sem tirar os olhos da bolha, ela disse em voz clara e pausada:
– Pepino não parece “inreal”?
Olhei-o, ligeiramente, com o canto dos olhos e, sem nada dizer, retornei ao meu cachimbo apagado. Alguns instantes depois, senti minha camisa ser puxada e escutei novamente:
– Pepino não parece “inreal”?
Dessa vez, com uma mão segurando a bolha e com a outra puxando a minha camisa, ele me olhava firmemente.
– Não é “inreal”, é irreal.
– Pois é, não parece?
Aquela insistência irritou-me. Eu, diante do mais intrincado problema da existência humana –quantos degraus ficam visíveis quando a escada rolante para – e aquele menino me questionando sobre a realidade de um pepino! Tentando dissuadi-lo, resolvi apresentar-lhe a complexidade do problema que me afligia.
– Olha, menino, estou tentando desenhar aquelas escadas e não sei como acabar o desenho da escada rolante. Quantos degraus devo desenhar? Meu desenho está parado e a escada está subindo. Se a escada parasse de repente, quantos degraus ficariam visíveis?
Sem nada dizer, colocou a bolha de sabão sobre a cadeira, subiu e desceu um dos vãos da escada. Apontando para o relógio, disse:
– Eu desço a escada duas vezes mais rápido do que subo.
E repetiu sua viagem ao vão da escada, mostrando-me que, no mesmo tempo em que dava um passo para subir, dava dois para descer. Novamente sem nada dizer, começou a subir a escada rolante, contando os passos: um, dois, três, ..., num total de vinte passos. Do alto da escada, olhou-me como quem estivesse fazendo a mais óbvia das coisas, e começou a descer a mesma escada rolante, contando os passos: um, dois, três, ..., num total de trinta e cinco passos. Em seguida tomou o lápis e o papel de minhas mãos e completou, com traços infantis, o meu desenho. Nenhum censurador poderia me conter. Levantei-me bruscamente e apertei o botão vermelho. Ansioso, comecei a contar os degraus. Para meu espanto, correspondia ao desenho do menino.

Quantos degraus o menino desenhou?

Vamos à resposta:

Vamos tomar como unidade de tempo o tempo no qual o menino dá um passo subindo a escada. Seja n o número de degraus da escada rolante que desaparecem (ou surgem) na unidade de tempo. Como o menino deu 20 passos para chegar ao topo da escada, ele demorou 20 unidades de tempo. Isso significa que desapareceram 20n degraus. Chamando de N o número de degraus visíveis, temos:


O menino deu 35 passos para descer a escada rolante (que sobe). Lembremos que a frequência de seus passos é duas vezes maior na descida que na subida. Ou seja, o tempo de dar dois passos descendo é igual ao de um passo subindo. Cada passo na descida demora 1/2 da unidade de tempo. Ele demorou 35/2 unidades de tempo para descer a escada. Isso significa que surgiram degraus novos. Assim,


Igualando (1) e (2):


  O menino desenhou 28 degraus.