Este é um Blog dedicado a todos os professores que tenham interesse pela melhoria da qualidade da educação básica. Os temas abordados procura ser acessível a todos, sem perder sua essência. Seu principal objetivo é contribuir para a melhoria do processo de ensino e aprendizado da Educação Básica nas modalidade Infantil, Fundamental e Médio.
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domingo, 28 de maio de 2017
terça-feira, 23 de maio de 2017
Desabafo
Hoje dia muito cansativo. A exemplo
de centenas de professores que acumulam cargos para dar o mínimo de conforto a
sua família, eu além de trabalhar como professora 40 horas no estado,
desempenho também a função de sindicalista pelo município. E como é de se
esperar de servidores que acumulam cargo, há dias que você tem que se fazer
presente em vários locais. Hoje foi um deles.
No turno da manhã tinha que
organizar um ato em alusão ao mês da resistência que acontecerá no dia
seguinte. Muitas coisas ficaram para a ultima hora então foi muito desgastante
para mim e olhe que o dia estava apenas começando.
No turno da tarde, tinha quatro
horas aulas nas turmas de 8º e 9º ano do ensino fundamental. Acontece que além
de ministrar aulas de matemática em duas turmas, ainda tive que participar de
outro evento da escola para arrecadar fundos para a festinha do dia das mães
que acontecerá no dia 26 de maio de 2017.
Após esse momento, me encaminhei
para o local do evento que irá acontecer o ato em alusão ao mês da resistência na manhã seguinte, para coordenar a
ornamentação do local. Muitos professores Brasil a fora, convive com essa
correria. E assim como eu, ver a exaustão tomar conta do seu corpo e de sua
mente.
Não é sempre assim, mais em dias como hoje
sinto vontade de chutar o pau da barraca. Principalmente quando vejo nosso rico
dinheirinho sendo desviado, para suborno e pagamento de propina. Isso é
revoltante, enquanto muitos como eu tem que trabalhar feito burro de carga para
pagar as contas de corruptos, que se apoderam dos bens públicos.
segunda-feira, 22 de maio de 2017
DIÁRIO DE CLASSE
União - Piauí, 22/05/2017
Hoje tinha cinco aulas de matemática no turno da noite. Os dois
primeiros horários na 7ª Etapa B (3 ano
do ensino médio), o terceiro na 6ª etapa B e o 4ª e 5º horário na 6ª etapa C.
(1º e 2º ano do ensino médio).
Para a 7ª etapa B, planejei trabalhar a leitura e a
interpretação de gráficos, para isso elaborei um plano de aula bem simples, que
abordasse os conteúdos e os objetivos que desejava alcançar. O início das aulas
estão previsto para as 18:10 horas, então me dirijo a sala de aula e um a um
espero meus alunos entrar.
Durante todo o primeiro horário é impossível ministrar
aula, pois os horários são de apenas 45 minutos e a turma só está completa
depois das 18:30 horas, restando apenas 15 minutos para o fim da primeira aula.
Como tinha dois horários iniciei a aula mesmo assim, mas meus alunos estão
agitados demais para prestar atenção no conteúdo que desejo explicar. Então
chamo atenção deles uma, duas, três vezes, mas passam-se poucos minutos e a
agitação começa novamente. Expliquei o conteúdo mesmo assim, tentando cativar
aqueles alunos que sentam na carteira da frente, para se concentrar melhor nas
aulas.
No terceiro horário, sou informada que tenho que juntar as duas turmas
de 6ª etapa, para que os alunos não fiquem ociosos e vá embora. Para essas
duas salas havia planejado trabalhar o conteúdo Plano Cartesiano, mas em momentos
diferentes, porem a falta de alguns professores me levaram a reunir as duas
turma em uma única sala de aula. O conteúdos que trabalho nas duas salas são os
mesmos, mas as turmas não estão no mesmo nível de aprendizagem. Então mais uma
vez, tive que me contentar em dar um jeitinho de ministrar aula mesmos em
condições não propícias ao aprendizado.
Terminado as aulas, não me sentir
satisfeita com o trabalho desempenhado. Trabalhar no EJA é muito desafiador. Pois além de altos índices da faltas e evasão, temos ainda que lhe dar com os
atropelos do dia a dia. As vezes desanimo, pois me sinto só diante tantos
problemas que vivencio no meu cotidiano de sala de aula.
domingo, 21 de maio de 2017
EXPERIÊNCIA DE SALA DE AULA
Ola! Sou a Professora Evanildes, formada em Licenciatura
Plena Em Normal Superior , pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI, e Licenciatura
em Matemática , pela Universidade Federal do Piauí – UFIPI. Pós - Graduada em
Metodologia do Ensino da Matemática e Física, pela FACINTER. Atualmente leciono
matemática nos níveis Fundamental e Médio da Educação Básica na U. E. Irmã Maria
Simplício – União - PI, nos turnos tarde e noite.
Esse artigo consiste em relatar e refletir a respeito de algumas experiências metodológicas vivenciadas
durante o ensino da matemática em três níveis de ensino da Educação Básica.
Durante os dezesseis anos de magistério, tive a
oportunidade de trabalhar nos três níveis de ensino da Educação Básica.
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio (EJA).
Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, ao iniciar
uma lição ou uma atividade na sala de aula, procurei me inspirar num projeto e
idealizar o que pretendia repassar em sala de aula. A partir daí tento gerir a situação que se
afastará sempre, muito ou pouco, do meu plano inicial.
Nesses dois níveis de ensino, os educando são mais elétricos
e na maioria das vezes indisciplinados. Dessa forma, a sua atenção esta voltada
para as brincadeiras, em se tratando da educação infantil e series iniciais do
ensino fundamental, e para interesses individuais e coletivos, extra sala de
aula, em se tratando do educandos do ensino fundamental das series finais.
É de notório saber que nessas duas primeiras fases da
educação básica, o estudo da matemática não está no centro das atenções dos
alunos. A indisciplina e o déficit de atenção nas séries iniciais e finais do
ensino fundamental dificultaram muito o meu trabalho durante o processo de
ensino e aprendizagem da matemática. No inicio de minha carreira, perdi muitas
noites de sono, me questionando se era capaz ou não de vencer os obstáculos que
se apresentavam no meu caminho. E diante de varias tentativas de acertos e
erros, me dei conta que para superar essas barreiras, teria que ter em mente os
objetivos que desejaria alcançar.
Apesar de a realidade ser totalmente diferente do ensino
regular. Lecionar no Ensino Médio na modalidade EJA, não foi diferente. Os
problemas vivenciados nessa modalidade de ensino eram outros, mas os objetivos
que desejava alcançar eram os mesmo. Dentre os aluno matriculados Educação de Jovens e Adultos, 30% da tinham
entre 15 e 19 anos de idade e 70% restante tem acima de 20 anos de idade. Nessa modalidade de ensino os alunos estão buscando recuperar o tempo perdido, e por isso
sabem a importância que cada aula tem para a sua formação. São mais respeitosos
e quando estão na sala de aula procuram colaborar com o professor.
Porem a falta de tempo devido, as responsabilidades que
assumem com o trabalho e com a família dificultam seu aprendizado
principalmente na disciplina de matemática. Assim, o EJA tem como ponto
positivo a idade e o amadurecimento dos educandos e como ponto negativo o
cansaço e também a baixa aprendizagem.
Vale ressaltar que algumas dificuldades de aprendizagem apresentadas
pelos alunos de EJA, estão relacionadas aos longos anos que estiveram afastados
da escola e por maior que fosse o meu esforço em tentar transmitir o conteúdo aos
alunos, o número dos que demonstraram ter compreendido foi bem pequeno.
Então, para obter êxito no processo de ensino/aprendizagem
procurei trabalhar de forma integrada com os profissionais das demais
disciplinas e repassar os conteúdos para meus alunos sempre relacionados o
ensino da matemática a realidade que eles estão inseridos e as outras
disciplinas, para que dessa forma possam conhecer e compreender de forma mais
aprofundada os problemas e práticas vivenciados no cotidiano escolar.
Diante da realidade, o ensino integrado se tornou uma ferramenta de
ensino mais eficiente no processo de ensino tanto da matemática como das demais
disciplinas que compõe a grade dessa modalidade de ensino da Educação Básica. Dessa
forma, participação e a troca de ideias dos educado ficaram mais ativas, e
muito se sentiram mais a vontade para falar e expor suas ideias na sala de
aula, contribuindo significativamente para o seu aprendizado.
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