segunda-feira, 22 de maio de 2017

DIÁRIO DE CLASSE



          União -  Piauí, 22/05/2017
          Hoje tinha cinco aulas de matemática no turno da noite. Os dois primeiros horários na 7ª  Etapa B (3 ano do ensino médio), o terceiro na 6ª etapa B e o 4ª e 5º horário na 6ª etapa C. (1º e 2º ano do ensino médio).
          Para a 7ª etapa B, planejei trabalhar a leitura e a interpretação de gráficos, para isso elaborei um plano de aula bem simples, que abordasse os conteúdos e os objetivos que desejava alcançar. O início das aulas estão previsto para as 18:10 horas, então me dirijo a sala de aula e um a um espero meus alunos entrar. 
        Durante todo o primeiro horário é impossível ministrar aula, pois os horários são de apenas 45 minutos e a turma só está completa depois das 18:30 horas, restando apenas 15 minutos para o fim da primeira aula. Como tinha dois horários iniciei a aula mesmo assim, mas meus alunos estão agitados demais para prestar atenção no conteúdo que desejo explicar. Então chamo atenção deles uma, duas, três vezes, mas passam-se poucos minutos e a agitação começa novamente. Expliquei o conteúdo mesmo assim, tentando cativar aqueles alunos que sentam na carteira da frente, para se concentrar melhor nas aulas. 
         No terceiro horário, sou informada que tenho que juntar as duas turmas de 6ª etapa, para que os alunos não fiquem ociosos e vá embora. Para essas duas salas havia planejado trabalhar o conteúdo Plano Cartesiano, mas em momentos diferentes, porem a falta de alguns professores me levaram a reunir as duas turma em uma única sala de aula. O conteúdos que trabalho nas duas salas são os mesmos, mas as turmas não estão no mesmo nível de aprendizagem. Então mais uma vez, tive que me contentar em dar um jeitinho de ministrar aula mesmos em condições não propícias ao aprendizado. 
       Terminado as aulas, não me sentir satisfeita com o trabalho desempenhado. Trabalhar no EJA é muito desafiador. Pois além de altos índices da faltas e evasão, temos ainda que lhe dar com os atropelos do dia a dia. As vezes desanimo, pois me sinto só diante tantos problemas que vivencio no meu cotidiano de sala de aula.

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